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V. 2

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DOCUMENTAÇÃO

PARA A

HISTÓRIA DAS MISSÕES

DO

PADROADO PORTUGUÊS DO

ORIENTE

REPÚBLICA PORTUGUESA MINISTÉRIO DO ULTRAMAR

DOCUMENTAÇÃO

PARA A

HISTÓRIA DAS MISSÕES

DO

PADROADO PORTUGUÊS

DO

ORIENTE

COLIGIDA E ANOTADA POR

ARTUR BASÍLIO DE INSULÍNDIA

2.0 VOL. (1550-1562)

AGÊNCIA GERAL DO ULTRAMAR DIVISÃO DE PUBLICAÇÕES E BIBLIOTECA LISBOA I M C M L V

Esta publicação foi autorizada por despacho de S. Ex.a o Ministro do Ultramar de 2 de Janeiro de IQ54

INTRODUÇÃO

r. Breves Considerações

/\ O iniciarmos esta colecção documental, numa hora carregada de graves e temíveis apreensões, bem poderíamos recear, ou a indiferença por uma obra que se propõe reconstituir factos passados em épocas remotas e lugares desconhecidos, ou o desinteresse pelas páginas que desses tempos nos ficaram escritas.

Não obstante, entre o que de mais louvável se enca- receu a respeito desta publicação, ao aparecer o primeiro volume, parece ter sido, precisamente, o mérito da sua oportunidade. E concordemos que muito importa frisar esta nota.

Portugal esteve nos postos de comando da história humana. Hoje, outras nações ocupam o seu lugar. São agora diferentes as rotas, desvairadas as descobertas, incer- tos os destinos. E não sendo a vontade dos homens a dirigir o curso dos acontecimentos, preocupam-nos, acima de tudo, as surpresas do Porvir.

Numa conjuntura assim, dominada pelo signo de abruptas novidades, chega a compreender -se o desdém por tudo o que pertenceu a outras eras, exagerando-lhe as faltas e os erros, citando com azedume nações com res- ponsabilidades no Passado.

I X

Nesta conta entrou Portugal, atingido por detracções suspeitas nos fundamentos da sua grandeza ultramarina, quando viu apoucarem-lhe o valor da sua missão evan- gelizadora. Ao esforço missionário português como que se instaurou uma espécie de sindicância, falha, porém, de testemunhos e de provas. Nada, portanto, mais legítimo, honesto e oportuno, do que trazer a público todo o ma- terial de acusação e defesa, útil a todos os interessados neste pleito, depredadores ou não, das Missões do Pa- droado Português.

Fiéis a este objectivo, sem qualquer preocupação apo- logista, e sem que restrições ou interferências esconsas nos tenham sido impostas, prosseguiremos esta publicação, apresentando agora o segundo volume.

Assentámos, logo de início, neste propósito.: os do- cumentos ultrapassados, e que na sua devida altura não pudemos encontrar ou adquirir, seriam publicados no pri- meiro volume a sair, logo que nos fosse dado possuí-los.

Dentro deste critério a ordem cronológica, que pro- curamos respeitar, o mais possível, teria de ser constante- mente interrompida, porque, além de muitos documentos escaparem à nossa pesquisa, apesar de aturadas diligên- cias, outros que omitimos, considerando-os, primeiro, sem interesse para o estudo da acção missionária, mas

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cuja utilidade acabámos , depois, por reconhecer , em pre- sença de posterior documentação.

Escapou-nos, por exemplo, o termo de doação dos direitos sobre a ilha de Amboino a Jordão de Freitas, pas- sado por ordem de D. João III, mas excluímos, delibe- radamente, a doci0nentação respeitante à presença dos primeiros mercadores portugueses em Sunda, que não deve ficar esquecida, conforme verificámos depois.

Em tais casos, a publicação dispersa destes documen- tos no decurso da obra, além da constante quebra da ordem cronológica, daria aso também a certa confusão e dificuldade na consulta, enquanto não fosse publicado o seu índice geral.

Resolvemos, por isso, e de acordo com o parecer amigo de alguns leitores interessados nesta publicação, apresen- tar, só mais tarde, em volume à parte, os documentos que, pelos motivos expostos, tenham ficado por coligir e que também devam ser incluídos no âmbito desta série do- cumental.

Ao anotarmos também neste volume, em breve glos- sário final, alguns termos indígenas na sua forma ver- nácula, ou aportuguesados, temos em mente, sobretudo , coligir elementos que possam servir de subsídio, em traba- lhos especializados e de maior folgo, para o estudo do pro-

x i

cedimento dos portugueses com as populações da Insulín- dia, no campo linguístico. Também neste particular se há-de reconhecer, certamente, um papel de relevo exercido pela acção missionária.

2. Características deste segundo volume

Os setenta e três documentos deste segundo volume, co- ligidos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) e na Biblioteca da Ajuda de Lisboa (BAL), abrangem o período que vai de 1550 a 1562.

Os códices 4.Q-IV-4.Ç, 4.Q-IV-50 e 4Q-IV-51, da colecção geralmente designada Jesuítas na Ásia, existente na BAL, constituem a principal fonte de que extraímos a maior parte deles.

Embora esta colecção tenha sido muitas vezes des- crita, julgamos útil, apesar de tudo, fazer-lhe algumas referências, tendo em vista aqueles nossos leitores que, por circunstâncias várias, se encontrem menos familiari- zados com estes assuntos de arquivologia.

Consta a preciosa colecção de muitos volumes, con- tendo cópias de cartas, trabalhos históricos, monografias, informações, notícias, papéis diversos sobre múltiplos

x 1 1

assuntos, nomeadamente sobre as Missões da índia, Mo- lucas, China e Japão.

Os dois grossos volumes, em cadernos soltos, com a cota 4.Q-IV-4.Q e 4.Q-IV-50, são os mais importantes desta colecção, pelo seu conteúdo, formado de cópias tiradas da correspondência enviada pelos padres jesuítas das Missões do Oriente, e pertencentes, outrora, à casa de S. Roque dos padres da Companhia, em Lisboa.

Constantemente consultados, deles se têm extraído cópias e realizado microfilmagens por estudiosos nacionais ou em nome de entidades estrangeiras; porque, embora não se trate de cartas originais, mas sim de cópias, mais ou menos fiéis, o seu valor é inegável, como fontes histó- ricas de informação.

A restringir -lhes este valor, anotam-se, com funda- mento, os erros e faltas dos copistas, principalmente em nomes próprios; a substituição ou rasuras em nomes de religiosos demitidos da Companhia e em termos menos convenientes ou de sentido equívoco; e, finalmente, o fim edificante a que se destinavam, o que obrigava a omissões de factos desagradáveis, mas importantes, por vezes, para a compreensão exacta de um período, de uma situação, etc.

Mais duas colecções se conhecem, ainda, em Portugal, contendo, pouco mais ou menos, a mesma correspondência,

XIII

«I

e que pertenceram, uma, ao colégio de Évora, e outra, ao de Coimbra. Os três volumes da colecção eborense encon- tram-se, actualmente, na Biblioteca da Academia das Ciências com o título comum: Jesuítas no Japão. Da colecção conimbricense, o primeiro tomo pertence, hoje, à Biblioteca do Ministério dos Negócios Estrangeiros; o segundo e terceiro, à Biblioteca Nacional de Lisboa; e o quarto, ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Os dois códices existentes na BAL têm sido consi- derados os de maior valor histórico, admitindo-se que militas das suas cópias tenham sido para ali transcritas directamente dos originais.

Deles tomamos a maior parte das cartas publicadas neste segundo volume, servindo-nos também dos outros códices para a necessária comparação dos vários textos, em casos de leitura difícil ou duvidosa, e ainda copiando dos mesmos um ou outro documento omitido nos da BAL.

Como síntese do intrépido apostolado de S. Francisco Xavier nas Molucas, publicamos também os trechos que lhe dizem respeito na História do P.e Sebastião Gonçalves, cujos primeiros seis capítulos constituem o códice 4.Q-IV-51 da mesma colecção da BAL, Jesuítas na Ásia.

Certos esboços históricos, certas relações ou resumos organizados a pouca distância dos factos, embora de valor

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muito relativo, não devem, contudo, omitir-se numa obra destas, desde que não tenham sido ainda divulgados.

Damos também neste segundo volume as passagens, referentes às Molucas, de algumas cartas gerais publicadas em Documenta indica, do Rev. P.e José Wicki S. J '., ou na Documentação do Rev. P.e António da Silva Rego.

No período a que se refere este volume é mais abun- dante a documentação exclusivamente missionária. Por ela veremos que não foram tanto as trevas da superstição indí- gena que a intrepidez da teve de vencer, mas sim a oposição da seita de Mafoma. Quer dizer: os portugueses, que foram os primeiros europeus a entrar na Insidíndia, chegaram tarde, para assegurarem uma evangelização fácil, sem obstáculos e sem revezes.

3. Nota de gratidão

Pelos documentos até aqui publicados, se percebe que também nos vários lugares da Insulíndia o zelo da con- versão do gentio inspirou heroísmos de sacrifício e martírio.

À grandeza e prestígio do Apostolado Católico interessa, pois, directa e propriamente, o testemunho destes feitos, bem característicos também da sua autenticidade divina.

x v

Por isso, depois da nossa gratidão pessoal, muito nos apraz renovar as expressões de reconhecimento das Missões para com S. Ex.a o Sr. Capitão-de-mar-e- guerra Sarmento Rodrigues, Ministro do Ultramar, que, autorizando supe- riormente a publicação desta colecção documental, remo- veu os óbices que forçavam ao esquecimento as primeiras tentativas de conversão à fé, realizadas naquelas ilhas insu- líndicas, e que, sobretudo, exaltam a obra da evangelização .

Pertence à Agência Geral do Ultramar a edição desta publicação sob a égide do Ex.m" Sr. Dr. Leonel Pedro Banha da Silva. A S. Ex.a, pelo valioso e solícito empe- nho a favor de nossos trabalhos; a todos os dignos fun- cionários daquele organismo, por tantas deferências, de que nos confessamos devedores, deixamos também aqui registados os protestos da nossa gratidão.

Guardamos, com proveito, as palavras de estímulo que a propósito do primeiro volume se dignou escrever-nos S. Ex.a Rev.ma D. Jaime Garcia Goulart, querido bispo de Timor e nosso venerando Prelado, e que muito reconhe- cidamente agradecemos. Prouvesse a Deus que pudéssemos realizar plenamente os votos que S. Ex." Rev.ma formula por esta publicação.

Para recolher a documentação de que se compõe este segundo volume, trabalhámos no Arquivo Nacional da

x v i

Torre do Tombo, na Biblioteca da Ajuda de Lisboa, na Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa e na Bi- blioteca Nacional de Lisboa.

Junto dos seus ilustres Directores, entre todo o seu atencioso pessoal, encontrámos sempre a melhor boa von- tade e compreensão para os nossos trabalhos de investi- gação, tantas vezes, impertinentes. A todos renovamos os nossos agradecimentos.

Pelas facilidades excepcionais que nos foram conce- didas na consulta e cópia da maior parte dos documentos agora publicados, releve-se-nos uma referência especial de reconhecimento para com a Ex.ma Directora da Biblioteca da Ajuda de Lisboa e seus subordinados; e para com o Ex.mo Director da Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa e funcionários em serviço na sua sala de leitura.

E, finalmente, incluímos nesta nota de gratidão todos aqueles que têm colaborado , com seus pareceres e suges- tões, na valorização desta obra.

Lisboa, 30 de Março de IÇSS-

Artur de

1NSULÍNDIA, II B

XVII

Correcções:

No índice do primeiro volume, por lapso, incluímos em os nomes de Brito (Jorge de), capitão de Malaca, Brito (Jorge de), moço fidalgo que servia nas Molucas, respectivamente , os nú- meros 750, 162, IJ2, ijç, e 35S, 359, que se referem ao des- ditoso Jorge de Brito, morto pelos Achens, quando se dirigia às Molucas, como primeiro capitão da fortaleza que ia fundar.

Neste volume deve ler-se:

Padre Marcos Prancudo , valenciano; em vez

de Padre Mestre Prancudo, Valenciano ... pág. 482

Padre Sebastião Gonçalves; em vez de Padre

Sebastião Alvares pág. 608 (48)

A. S.

XVIII

SIGLAS

SIGLAS

ANTT Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

BACIL Biblioteca da Academia das Ciências de

Lisboa.

BAL Biblioteca da Ajuda de Lisboa.

BNL Biblioteca Nacional de Lisboa.

CC Corpo Cronológico (Colecção do ANTT).

CVR Cartas dos Vice-Reis (Colecção também

do ANTT).

F. G Fundo Geral (Divisão de Manuscritos da

BNL).

XXI

ÍNDICE

N.» Pág.

1 . BAL, 49-IV-49: Carta do Padre Francisco Peres

a seus confrades. Malaca, 2 de Janeiro de 1550 3

2 Documenta Indica, II, 14-20: Trecho de uma car-

ta escrita ao Padre Inácio de Loiola pelo Pa- dre Nicouau Lanciloto. Coulão, 27 de Janeiro de 1550 10

3 BAL, 49-IV-49: Carta do Padre João da Beira

ao Padre Inácio de Loiola. Molucas, 13 de Fe- vereiro de 1550 12

4 Documenta Indica, II, 116-119: Carta do Padre

Francisco Peres aos confrades da índia. Ma- laca, 26 de Novembro de 1550 17

5 BNL, Fundo Geral, Caixa 61, N.° ij: Cópia

autêntica do Testamento de D. Manuel, rei de Ternate, com outros documentos contemporâ- neos. 1550 19

6 Documenta Indica, II, 144-149: Carta do Padre

Nicolau Lanciloto ao Padre Inácio de Loiola. Coulão, 6 de Janeiro de 1551 40

7 ANTT, Gaveta 18-2-40: Francisco Palha envia

cópias de duas cartas de el-rei de Ternate. Molucas, 16 de Março de 1551 42

XXV

N.° Pág.

8 BAL, 49-IV-49: Carta do Irmão Nicolau Nunes.

Molucas, 10 de Abril de 1551 48

9 BAL, 49-IV-49: Carta do Padre Francisco Peres.

Malaca, 24 de Novembro de 1551 51

10 ANTT, Gaveta 2-6-9: Carta do rei de Ternate

em favor de Álvaro Carrilho. Molucas, 10 de Janeiro de 1552 68

11 ANTT, CC, I, 71-87: Final de uma carta de

D. Afonso de Noronha a el-rei. Cochim, 27

de Janeiro de 1552 73

12 Epistolae S. Francisci Xaverii, II, 470-475: Tre-

cho de uma carta do Padre Mestre Francisco ao Padre Gaspar Barzéu. Estreito de Singa- pura, 21 de Julho de 1552 75

13 Epistolae S. Francisci Xaverii, II, 475-478: Carta

do Padre Mestre Francisco ao Padre João da Beira. Estreito de Singapura, 21 de Julho de 1552 77

14 Documenta Indica, II, 578-602: Parte de uma

carta escrita ao Padre Inácio de Loiola pelo Padre Barzéu, Vice-Provincial da índia. Goa, 12 de Janeiro de 1553 79

15 BACIL, Cartas do Japão, Vol I: Trecho de uma

carta do Padre João da Beira ao Padre Simão. Cochim, 7 de Fevereiro de 1553 81

16 BAL, 49-IV-49: Outra do Padre João da Beira

ao mesmo. Molucas, 7 de Fevereiro de 1553 85

17 BAL, 49-IV-49: Carta do Padre Afonso de Cas-

tro ao Padre Inácio e Padre Simão. Molucas,

7 de Fevereiro de 1553 92

XXVI

N.° Pág.

18 ANTT, Gaveta 18-2-22: Carta de Francisco Pa-

lha a el-rei. Goa, 26 de Dezembro de 1553 102

19 Documenta Indica, II, 611: Carta para os cris-

tãos das Molucas. 1553 (?) 129

20 Documenta Indica, II, 619: Religiosos da Com-

panhia nas Molucas. 1553 (?) 130

21 BAL, 49-IV-49: Carta do Irmão Nicolau Nunes

ao Padre Francisco Peres. Moro, 8 de Janeiro

de 1554 Í3I

22 BAL, 49-IV-49: Carta do Padre Afonso de Cas-

tro para o Reitor do Colégio de Goa. Ternate,

29 de Janeiro de 1554 I33

23 BAL, 49-IV-49: Carta de Vicente Pereira ao Rei-

tor do Colégio de Goa. Amboino, 26 de Feve- reiro de 1554

24 BAL, 49-IV-49: Carta do Irmão António Fer-

nandes ao Reitor do Colégio de Goa. Amboino,

28 de Fevereiro de 1554 139

25 BAL, 49-IV-49: Outra carta de Vicente Pereira

ao Padre Reitor do Colégio de Goa. Amboino,

29 de Março de 1554 143

26 Documenta Indica, III, 90-95: Trecho de uma

carta do Padre António de Quadros ao Padre Inácio de Loiola. Lisboa, 8 de Junho de 1554 146

27 Documenta Indica, III, 119-128: Trecho de uma

carta do Padre Melchior Nunes Barreto ao Padre Inácio de Loiola. Malaca, 3 de De- zembro de 1554 148

28 BAL, 49-IV-49: Trechos de uma carta do Irmão

Aires Brandão aos confrades de Portugal. Goa,

23 de Dezembro de 1554 149

XXVII

N.° Pág.

29 ANTT, Tombo da Índia, Núcleo Antigo, N.° 296:

Apontamentos sobre as Molucas. 1554 151

30 Documenta Indica, III, 226: Religiosos da Com-

panhia nas Molucas. Coulão, 12 de Janeiro de

1555 157

31 BAL, 49-IV-49: Carta de um Irmão da Com-

panhia a seus confrades de Goa. Cochim, 1555 158

32 BAL, 49-IV-50: Carta do Irmão Luís Fróis aos

confrades de Goa. Malaca, 1 de Dezembro de

1555 160

33 BAL, 49-IV-49: Parte de uma carta do Padre

António de Quadros para o Padre Mirão. Goa,

6 de Dezembro de 1555 171

34 BAL, 49-IV-49: Carta do Irmão Luís Fróis aos

confrades de Portugal. Malaca, 15 de Dezem- bro de 1555 174

35 Documenta Indica, III, 412: Religiosos da Com-

panhia nas Molucas. Goa, entre 21 e 31 de Dezembro de 1555 180

36 BACIL, Cartas do Japão, Vol. I: Carta de El-Rei

D. João III a D. Pedro de Mascarenhas. Lis- boa, 28 de Março de 1556 181

37 BACIL, Cartas do Japão, Vol. I: Notas biográ-

ficas do Padre Mestre Francisco, s. d 183

38 BAL, 49-IV-49: Carta do Padre Baltasar Dias

a seus confrades de Portugal. Malaca, 19 de Novembro de 1556 233

39 BAL, 49-IV-49: Parte de uma carta do Irmão

Aires Brandão. Goa, 29 de Novembro de 1556 273

XXVIII

N.° Pág.

40 ANTT, Gaveta 15-9-28: Parte de uma carta

do Governador Francisco Barreto a El-Rei

D. João III. Baçaim, 6 de Janeiro de 1557 275

41 ANTT, Bulas, Maço 7, N.° 25: Bula de Paulo IV

«Pro Excelenti Praeminentia». Roma, 4 de Fevereiro do ano da Encarnação do Senhor de 1557 279

42 BAL, 49-IV-50: Carta do Irmão Paulo Gomes

aos confrades de Goa. Malaca, 11 de Novem- bro de 1557 , 285

43 BAL, 49-IV-49: Parte de uma carta do Irmão

Luís Fróis. Goa, 30 de Novembro de 1557 292

44 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Carta do Ir-

mão Fernão do Souro ao Padre Francisco Vieira. Tolo, 1 de Janeiro de 1558 294

45 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Outra carta

do Irmão Fernão do Souro ao Padre Fran- cisco Vieira. Molucas, 8 de Janeiro de 1558 301

46 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Carta do Pa-

dre Nicolau Nunes ao Padre Francisco Vieira.

Tolo, 5 de Fevereiro de 1558 304

47 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Francisco Vieira

ao Padre Baltasar Dias. Ternate, 13 de Feve- reiro de 1558 307

48 BAL, 49-IV-50: Trecho de uma carta do Padre

António da Costa. Goa, 26 de Dezembro de

1558 309

49 BAL, 49-IV-50: Nota final de uma carta escrita

pelo Padre Mestre Belchior aos irmãos da Companhia em Portugal. Cochim, 25 de Ja- neiro de 1559 311

XXIX

N.° Pág.

50 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Francisco Vieira

aos padres e irmãos da Companhia em Por- tugal. Ternate, 9 de Março de 1559 3I3

51 BAL, 49-IV-50: Trecho de uma carta do Irmão

Luís Fróis. Colégio de S. Paulo de Goa, 16 de Novembro de 1559 334

52 BAL, 49-IV-49: Trecho de outra carta escrita

pelo Irmão Luís Fróis. Goa, 24 de Novembro

de 1559 330

53 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Baltasar Dias

ao Provincial da Companhia, Doutor Miguel Torres. Malaca, 1 de Dezembro de 1559 341

54 BNL, Fundo Geral, N.° 4.534: Carta do Padre

Baltasar Dias ao Padre Provincial da índia. Malaca, 3 de Dezembro de 1559 344

55 BAL, 49-IV-50: Parte final de uma carta do Ir-

mão Luís Fróis. Goa, 1 de Dezembro de 1560 349

56 BAL, 49-IV-50: Trecho de outra carta do Irmão

Luís Fróis. Goa, 12 de Dezembro de 1560 351

57 BAL, 49-IV-50: Religiosos da Companhia nas

Molucas. Janeiro de 1561 353

58 BAL, 49-IV-50: Carta do Irmão Fernão do Souro

ao Irmão Luís Fróis. Bachão, 5 de Maio de

1561 354

59 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Trecho de

uma carta do Padre Cristóvão da Costa a um irmão da Companhia em Portugal. Malaca, 1 de Dezembro de 1561 358

60 BAL, 49-IV-50: Parte de uma carta do Padre

Luís Fróis. Goa, 1 de Dezembro de 1561 360

XXX

N.° PÁS-

61 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Jerónimo Fer-

nandes a seus confrades. Malaca, 2 de De- zembro de 1561 302

62 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Trecho de

uma carta do Padre Manuel Teixeira. Ba-

çaim, 4 de Dezembro de 1561 369

63 BAL, 49-IV-50: Final de uma carta geral do Pa-

dre Luís Fróis. Goa, 4 de Dezembro de 1561 370

64 BAL, 49-IV-50: Trecho de uma carta do Irmão

Fernão do Souro, s. 1. / s. d 372

65 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Trecho de

uma carta do Padre Mestre Prancudo. Ma- laca, 10 de Dezembro de 1561 374

66 BACIL, Cartas do Japão, Vol. II: Final de uma

carta do Padre Luís Fróis. Goa, 15 de De- zembro de 1561 376

67 ANTT, Gaveta 20-7-51: Exposição a El-Rei do

Padre Mestre Pedro Fernandes Sardinha sobre

os interesses da cristandade, s. d 379

68 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Manuel Álvares

aos confrades de Coimbra. Malaca, 5 de Ja- neiro de 1562 381

69 BAL, 49-IV-50: Carta do Irmão Francisco Jorge

aos irmãos da Companhia em Portugal. Co-

chim, 3 de Fevereiro de 1562 430

70 BAL, 49-IV-50: Trecho de uma carta do Padre

Baltasar da Costa. Goa, 4 de Dezembro de

1562 433

XXXI

N.° Pág.

71 BAL, 49-IV-50: Carta do Padre Pedro Masca-

renhas ao Padre Provincial. Molucas, ano de

1562 435

72 BAL, 49-IV-50: Religiosos da Companhia nas

Molucas. 1562 445

73 BAL, 49-IV-51: Apostolado de Francisco Xavier

nas Molucas 446

Índice Onomástico, Geográfico e Ideográfico 611

Glossário 645

XXXII

DOCUMENTAÇÃO

PARA A

HISTÓRIA DAS MISSÕES

DO

PADROADO PORTUGUÊS

DO

ORIENTE INSULÍNDIA

(1550-1562)

1

CARTA DO PADRE FRANCISCO PERES A SEUS CONFRADES Malaca, 2 de Janeiro de 1550 (1)

BAL: 4Q-IV-4.Q. Fls. 705 r.-ioó v. (2)

Por esta carta, sem correcções ou notas à margem, vê-se que Malaca, nesta altura, se constituirá sede de apoio às cristandades mais distantes da China, Japão e Molucas. Ali chegavam, pois, quase sempre, as primeiras notícias, por cor- respondência, ou levadas pelos mercadores.

a) Conversão em Malaca de um mouro jogue.

b) Princípio de um colégio nesta cidade.

c) Trabalhos e morte do Padre Nuno Ribeiro, em Amboino.

d) Apelo aos religiosos da Europa, para virem trabalhar nas Missões.

e) Chegada de um barco a Malaca, vindo do Japão, com notícias do Padre Mestre Francisco.

La gracia y amor de Nuestro Senor sea siempre en nuestra ajuda y favor, Amen.

Mientras mas lexos estoy, y apartado de la conver- sasion suave de Vuestras Charidades, padres myos y her-

(1) Há, de certo, qualquer confusão na data desta carta, que não pode ser exacta, visto que, adiante, se refere a factos passados em Abril e dia da festa da Ascensão. Em Documenta indica, II, 103-110, indica-se a data 24 de Outubro do mesmo ano.

(2) BACIL: Cartas do Japão, vol. I, fls. 136 r.-i39 r.

3

manos, mas ensiende mi coraçon en vuestro amor, acor- dandome de la charidad com que mi Padre Provincial (3) me reçebio a la Compania, sen yo lo mereçer, y dei amor con que el Padre Miron, Santa Crux y Francisco de Rojas y todos los otros padres myos y hermanos me trataron, me ensenaron, y sufrieron mis imperfeiciones y maldades; Nuestro Senor, por su infinita bondad, se lo pague, Amen.

Aca he recebido cartas de algunos de Vuestras Cha- ridades, con las quales me consuelo, animo y me sostento, scilicet, de Luis Goncalvez, Dom Rodrigo (4) , que esta en el paradiso, y de otros hermanos y padres; por lo qual les pido, por charidade, no dexen de consolar a este pobre, cargado de pecados, de trabajos y deseoso de verse con ellos, aun que la razon no me dita al presente estar alia, nos v.i mas porque, se al presente me // aliara entre ellos, me parece que me sabria aprovechar dei tiempo que no me aproveche, por mi culpa, nigligencia y poquedad.

El anno passado, de quarenta y nueve, escrevi a Vues- tras Charidades (5), de todas las cosas que aca passavam a cerca dei servicio de Nuestro Senor y acrescientamento de nuestra fee catholica, scilicet, como esta ciudad tiene necessidad de quien le parta el pan que bien se cumple aquy aquello : parvuli petierunt panem et non erat qui fran- geret eis (6) . Y esto, asi en confessiones, como en exor- taciones, y en otras cosas semejantes, y porque yo soy solo para estas cosas, tengo mucho trabajo y hazese mu- cho fructo, el nombre de Dios sea loado, en doctrinar los ninos, en exortar a los grandes, y en confessar y mi- nistrar el Sacramento Sanctissimo, en tener algunas pra- ticas con los gentiles y judeos y moros, de los quales

(3) Padre Simão Rodrigues.

(4) D. Rodrigo de Meneses S. J.

(5) Vuestras Charidades foi corrigida para Vuestras Reverencias.

(6) Thren. 4, 4.

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vienen muchos en conoscimiento de nuestra sancta fee catholica; entre los quales vino uno, que era entre ellos sacerdote de los ydollos, que aca llaman jogues, hombre viejo de 107 annos, segun el dize, y ansi parece ser. Este se hizo christiano, de buena voluntad, con los hijos y una muger, con mucha fiesta que le hizieron el vicá- rio y el capitan, Don Pedro da Silva, por ser hombre, entre ellos, principal; el qual bivio despues seis meses y murio, criendo en la fee de Nuestro Senor Jesu Christo, aunque fue trabajoso de convertirse, porque uno anno todo anduve en platica con el.

En esta ciudad, por ser parte conveniente para daquy se prover a muchas partes, scilicet, Maluco, Moro, An- bueno, Japon, Chyna, se a dado principio a un collegio, para aquy se criar alguna gente para este fin, y para los que passan de la índia para estas dichas partes se puedan recoger, donde aora estamos el Padre Manoel de Morales y Francisco Gonçalez y Juan Bravo y Thome Arnao y Bernardo, todos de salud, Dios sea loado; yo he estado muy doliente, de grandes dolores de stomago, que me ha durado esta dolência dos annos, y agora, me hallo alguna cosa mejor.

De las partes de Maluquo y dei fructo que alia se haze no digo nada, porque el Padre Juan da Beira y Alonso de Castro escriven, segun me parece, largamente; mas de la vida y dei fin dei Padre Ribero no escriven, el qual passo desta vida para el paraíso, estando obrando en la vinha dei Senor, en Ambueno, despues de aver passado muchos trabajos, en aquella isla, peligros, assi por la mar, como por la tierra, en que dos o tres vezes escapo, padeciendo naufrágio; y en la // tierra, comiendo pan no6r.] de paio; y los moros, por el mal que nos quieren, mu- chas vezes anduvieron para le matar, y una vez, le pu- sieron fuego en la casa, estando el dentro, para lo que-

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mar; y otra vez, me disseron que davan dineros a cierta persona, para lo matar, o con hierro o con peçofia, de la qual a mucha en estas partes, y ellos usan mucho delia; y aun fue fama que delia murio, no se si es verdad, por- que, despues de aver comido, dia de Nuestra Sefiora de Augusto, anno 49, aviendo dicho missa, aquelle dia, y segun me dixeron los que estavan presentes, con mucha devocion.

En tanto, quando llego a Gloria in Exelcis (sic) Deo, levando la boz en modo de canto, le dio grande calentura, con grande color de estômago, y de ay a siete dias, con mucha fee y esperança, abraçado con un Crucifixo, dio el anima a Nuestro Senor Jesu Christo, que la crio y redimio. Y su cuerpo fue enterrado por los christianos de la tierra y portugueses, en una eclesia de Nuestra Sefiora, que el mismo hizo, con mucho trabajo, despues de aver baptizados dos mil ochocientas y seis almas, los quales, en aquella tierra, lo tienen por padre y valedor, y todos los portugeses lo tenian por hombre sancto, y se espantavan de ver un hombre, tan mancebo, passar tantos trabajos, que no solamente de los christianos de la tierra tenia cuidado, baptizandolos y ensenandolos y conservan- dolos, que ya eran de otro tiempo hechos, defendiendolos de los moros, mas aun tambien confessando los portugeses, con trabajo quasi intolerable. El qual usava con ellos de tanta charidad que, muchas vezes, vénia para casa syn camiza, o syn calçones, o syn jubon, por lo aver dado a los pobres.

Estando doliente, que no podia andar, lo llevavan a visitar los lugares, en una savana atada por una parte y por otra, con un paio por el médio, llevandolo un hom- bre, por una parte; y otro, por outra.

Y despues dei muerto, quedo gran desemparo naquella tierra, porque los moros hazen muchos insultos a los chris-

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tianos; no quedo oiro padre ninguno por los animar, y fortalecer, y ensenar en las cosas de nuestra sancta fee, aviendo muchos lugares de christianos en aquela isla. Asi que, desde antonces, no tienen doctrina, que avra, aora, anno y médio; por lo qual son necessários muchos obreros, muy zelosos y amadores de la homrra de Jesu Christo, no de la suya.

Por cierto que ay mucha necessidad en el tiempo que estamos, mas de apóstolos, que no de hermitanos; mas de hombres que desean andar peregrinando por el Mundo, predicando la palabra de Dios, y ensenando, y pade- ciendo muchos trabajos, por su sancto nombre, llevan- doLo delante los reys y príncipes; que no de anacoritas que esten quedos en el hiermo, aunque no // dano a los [io6v.] sanctos contemplativos y quietos, que no son para mas; porque, se viessen vuestras charidades tantos milhares de gentes perdidas, por falta de doctrina y de hombres, ver- daderos amadores de la crux, derian con voluntad: «mu- chas son las meses y poços los hobreros» (7) . Portanto, animosamente nos devemos offreçer y sacrificar a Nuestro Senor Jesu Christo, y venir a estas partes, donde a tanta necessidad de trabajar en esta amplíssima vina, rogando al Senor que r;espiciat et visitet vineam, para acabar en el servicio de nuestro Emperador y Senor, como vemos que an acabado, en estas partes de la Compania, el Padre Ribero, que aora diximos, y Adan Francisco, y el biena- venturado Antonio Criminal, los quales biven para siem- pre jamas, regnando con nuestro Senor Jesu Christo.

Despues de aver partido de nos el Padre Mestre Fram cisco, con sus companeros, el anno de 49, como ya escrevi el anno passado, estávamos esperando, con mucho cui- dado, y assaz congoxa, las nuevas muy deseadas; y ya

(7) Mat. 9-37.

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quasi desesperávamos de venir navio de Japon, porque se yva ya acabando el tiempo para poder venir, llego a este puerto de Malaca un navio, a 2 dias de Abril, deste anno de 50, en miercules, por la mafiana, con el qual nos alegramos mucho, no solamente los hermanos, mas aun toda la ciudad; y el senor capitan, luego que supo las nuevas dei navio, me mando pedir alviçiras, estando yo diziendo missa en la Misericórdia. Y acabada la missa, me fuy a la yglesia major, donde alie al capitan, Don Pe- dro da Sylva, como loco de plazer, y me dixo que seria bueno hazer una procession, y lo disse al vicário, de que el fue muy contento, porque no estava con menos con- tentamiento y alegria. Y luego day, en procession, fue todo el pueblo a Nuestra Senora, y el padre vicário dixo una missa cantada, a la homrra de Dios y de la Virgen Maria su Madre.

En el qual navio venian quatro hombres japonês, los quales fueron muy bien recebidos (8) en una casa de un hombre chyna, christiano, y muchos portugeses desta ciu- dad los agasajaron, muchas vezes en sus casas; y muchas vezes venieron a nuestra casa, y les ensefiavamos las cosas de nuestra sancta fee, entanto que muy contentos rece- bieron el agoa dei sagrado baptismo, dia de la Ascenssion, y a dos dellos mando vistir el capitan; otros, Pedro Gomes de Almeida. El mismo capitan, Dom Pedro da Sylva, fue su padrino. El vicário los bautizo, con mucha homrra, quanta se podia hazer en Malaca. Los tres dellos se tor- naron para Japon y el otro a estado aquy. Assi mismo, reçebi cartas dei Padre Mestre Francisco y de Cosmo de Torres y de Jerónimo Fernandez y de Paulo de Sancta Fee. O trelado de la carta dei Padre Mestre Francisco, que manda para los hermanos de la índia, dey obra a que

(8) Correcção de agasayados.

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se tresladasse, para mandar a Vuestras Charidades, pa- dres mios y hermanos, por dos vias. Y porque muy menu- damente haz mension de su viagen, no escrivo mas destas cosas, remetiendome a el.

Hecha en Malaqua a 24 de Enero de 1550 annos.

Vestro siervo y ainda indigno

Francisco Perez

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TRECHO DE UMA CARTA ESCRITA

AO PADRE INÁCIO DE LOIOLA PELO PADRE NICOLAU LANCILOTO

Coulão, 27 de Janeiro de 1550

Documenta Indica: II, 14.-20. (1)

Nesta carta indicam-se, principalmente, os lugares e os religiosos jesuítas que exerciam o apostolado. Publicamos aqui as referências relativas aos missionários das Molucas.

In Malaca, terra de grandíssimo tratto et de moita gente, città de portughesi, esta Francesco Perez, Castellano, molto buon literatto, huomo de molto spiritu et virtú. Quelli que vengono de llà dicono che lui ha riformato quella città, la quall era molto dessoluta et non si può scrivere il molto fructo che li si fa, et ha seco Roque d'01iveira, il qualle porta le medessime fatiche.

In Moluquo, terra molto discota di qua et molto grande paese, stanno 8 delia Compagnia, scilicet, 4 che ande- tero adesso fa tre anni, scilicet, il Padre Joanne da Beira, ii P. Nuno Ribeiro, Nicolao Nunez, Balthasar Nunez. Adesso fa 1'anno andetero il P. Alfonso de Castro, il P. Emanoel de Moraes et Joan Fernandez (2) et Francesco

(1) Documentação... (Índia), vol. VII, págs. 12-16.

(2) Este não chegou a ir para as Molucas.

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Gonçalvcz: tutti quanti huomini de molto spiritu et de moita vertú. Di queste Maluque fa doi anni che non ha- biamo hautto littere nuova nissuna. Piacerà a Dio Nostro Signore che para 1'anno che venne, scriveremo a V. R. molto buone nove di quelli.

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CARTA DO PADRE JOÃO DA BEIRA AO PADRE INÁCIO DE LOIOLA

Molucas, 13 de Fevereiro de 1550

BAL: 4Q-IV-4Q. Fls. 103 V.-105 r. (1)

Esta carta, precisa no estilo, exacta nas informações, mode- rada no relatar dos factos, reflecte bem o cuidado e reverência com que deve ter sido escrita, conforme as instruções do Padre Mestre Francisco, neste particular. A cópia de que nos servimos encontra-se também limpa, sem aditamentos, ou emendas pos- teriores.

a) Distância entre a índia e as Molucas, e tempo de viagem.

b) Os cristãos são perseguidos pelos reis mouros.

c) Sublevações indígenas.

d) A obra da evangelização paralizada por estas sublevações.

e) Nome dos religiosos jesuítas, em serviço nas Molucas, e suas ocupações.

La summa gracia, pax y amor perpetuo de Jesu Ckristo, Nuestro Senor, sea siempre en nuestro continuo favor y ayuda, Amen.

El anno de 1547, al fin dei, escrevi a Vuestra Reve- rencia, dandole cuenta de lo que en estas partes Dios, Nuestro Senor, ha obrado y cada dia obra por sus siervos,

(1) BACIL: Cartas do Japão, vol. I, fls. 134 V.-135 v.

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en exalçamiento de su sanctissimo nombre y augmento de nuestra sancta fee, por el Padre Mestre Francisco y por los demas, que debaxo de su obediência militamos, y lo que despues aca se ha augmentado, dire en esta.

/ / El Padre Mestre Francisco visito esta tierra, el anno 1104 r.j de quarenta e seis, que son unas islãs que se llaman de Maluco, las mas distantes de la índia, porque, de la índia a llegar aca, ponen siete meses de navegacion, y de buelta y de estada, ponem quinze meses, de manera que una nao pone dos annos en ir y venir de la índia aquy.

Son islãs muchas, y muy pobladas, y de muchas gen- tes, y diversas lenguages. Tienen diversos ritos y sectas gentiles y moros. Los que se convierten, luego comiesan a sufrir persecutiones, por Christo, de los moros. Muchos se dexan de convertir, por temor de los reys y sefiores, que toman sus haziendas.

En estas partes estamos los hermanos que el anno passado escrevi a Vossa Reverencia; los dos de nos otros estan en una de las províncias que dixe, que es a la parte de la índia; y en las otras, que estan a la parte contraria, estamos otros dos; la mayor parte dei anno, y en este tiempo, desde la Nativitad, hasta el Spiritu Sancto, veni- mos ajudar el prelado, que no tiene consigo mas de un padre de missa.

Un rey destos, que es moro, ha perseguido y persigue los christianos, y muchos hizo retraherse de la fee. Avera seys meses que cativo a un regidor principal de los chris- tianos, con su muger y hijos, y tomo esta fortaleza dei rey de Portugal, que en su poder tenia, por lo qual le hizo guerra el capitan dei rey de Portogal, que en esta for- taleza esta, en tanta manera que lo tiene puesto en mucho estrecho, porque le ha muerto mucha gente, y no osa salir de su fortaleza. Como fuere vencido este rey moro, que tanto mal ha hecho a los christianos, esperamos en el

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Senor sea para mucho fructo en estas partes; los chris- tianos biviran en pax y siempre seran visitados, y mu- chos, que por su temor se retrahyan, vernan a nuestra fee.

Aq\uy , en estas islãs adonde agora nos estamos con los portugeses, ay muchos que desean ser christianos, mas por temor dei rey, que les toma sus haziendas y los per- sigue, hasta la muerte, no osan de hazerse. Este y otro rey de Maluguo, que es el dei clavo, ambos son moros; el uno tiene quasi vencido y destruído. Este rey de Ma- luguo tenia prometido de hazerse un hijo christiano, mu- chos dias ha, mas tenemos para nos que nunca lo aga; lo uno, porque lo dilata con palavras; lo otro, porque el es el que mas mal haze a los christianos que otro.

El governador dei rey de Portugal tenia dado el se- norio de los christianos de una província a este hijo dei rey de Maluquo, despues de hecho christiano; hasta agora, no se hizo christiano, mas su padre procura quanto puede de senorear los christianos, matando en ellos, y hazien- dolos retraer de la fee.

Crea Vuestra Reverencia que quitado aquel rey, y haziendo este a su hijo christiano, se abrira una puerta [104 v.i muy grande, / / por donde muchos entren en el corral dei Senor. Hagallo encomendar a Dios ut desideratam nobis suae propitiationis abundantiam, multiplicatis intercesso- ribus, largiaíur.

Estamos aqui el hermano e yo, donde esta la fortaleza ; algunas vezes visitamos los christianos; despues que se hizo guerra, no podemos salir a visitar los portugeses y sus mugeres y esclavos, que son todos naturales desta tierra, y nuevamente convertidos; para conservarlos, les predicamos un dia entre la somana, y algunas fiestas y domingos, en la yglesia mayor; todos los dias, a los hijos y esclavos y esclavas, les ensehamos la doctrina Chris- tiana; y asi mesmo, en los portugeses se haze mucho

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fructo. Tambien ensena el hermano a leer y escrevir y buenos costumbres a los ninos, porque yo, en las con- fessiones, amistades, predicationes, apenas me resta tiempo para rezar las horas.

Ay en estas partes muchas islãs y muy pobladas de gentes que se an visto por los portugeses. En algunas delias começaron de hazer christianos, dandoles a entender algunas cosas de nuestra fee; dandoles el baptismo, por- que ellos lo pedian, dexaronlos sin doctrina, porque no levavan sacerdotes y eran navegantes; no les emos po- dido socorrer, hasta aora, por estar acupados en lo que tengo dicho.

Av era quatro meses que venieron tres compaheros, que mando el Padre Mestre Francisco, para que nos ajudas- sen: los dos sacerdotes y un hermano; el uno es predi- cador, llamasse Alonso de Castro; predica todos los do- mingos y fiestas, en la yglesia mayor, y todas las quartas feiras, a las mugeres, cosas de nuestra fee; y todos los dias, a los hijos, criados y esclavos de los portugeses; y el Padre Manoel de Moraes. Estamos nos todos aqui juntos, por causa de la guerra que se haze a este rey, perturbador de los christianos; como fuere estirpado, pla- zera al Senor, que ay tanto que hazer en su vinha quam plantavit dextera ma (2) . De lo que Dios Nuestro Senor, fuere servido que se haga y por sus siervos obrare, avisa- remos a Vuestra Reverencia, el anno venidero, porque solamente una vez en el anno podemos escrevir, que es quando las naos de la índia vienen a visitar esta for- taleza. El anno passado de quarenta e nueve no escre- vimos, porque la nao que partio de aquy para la índia arribo y no tuviemos por quien escrevir.

En otra província, que se llama Malaca, esta otro

(2) Cf. Ps. 79, 16.

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padre con dos hermanos; es mucho para alabar a Dios el mucho fructo que hazen; sera de aquy a quinhentas legoas, donde ellos andan. Esta ally otra fortaleza dei rey de Portugal, y por as naos que van y vienen, cada anno, nos visitamos, escreviendo, animandonos y corro- borandonos en el Sehor, para que nyngun desmayo o nos r.i descudo passe por nos en esta su vinha. // Por amor de Dios, Nuestro Sefior, que siempre se acuerdan de nos y a los padres y hermanos lo mismo pedimos.

El Padre Mestre Francisco es passado a la Chyna, una tierra que se llama Japon; es tierra firme, ay muchas islãs en ella y muy pobladas ; dizen que es gente blanca y muy llegada a razon. Segun escrevio el Padre Mestre Fran- cisco, y lo que algunos dizen, que alia anduvieron, espe- ramos en el Sefior que sea para mucho bien su yda.

El padre Manoel de Moraes es ido a visitar unos chris- tianos a unas islãs, cerca de aquy, con otro hermano que se dize Francisco Goncalvez; nos otros quedamos aquy, a ver el fin en que para esta guerra, que tienen contra este rey moro, porque, vencido este rey, ay mucho en que entender en